terça-feira, 30 de outubro de 2012

Orçamento Participativo em Campinas/SP


O Orçamento Participativo (OP) nasceu de experiências de democracia participativa na região Sul do Brasil, em meados dos anos 1980, e hoje vigora em diversos municípios brasileiros, de portes variados, e até já se expandiu para alguns lugares da América Latina e até Europa. É uma forma de participação direta da população na definição dos orçamentos públicos.

Pelo processo as comunidades se organizam para discutir, a partir de suas necessidades, as formas de arrecadação e as prioridades de investimentos da Prefeitura.

Em Campinas, o OP existe desde 2001, tendo vigorado até 2004. No ano seguinte, em função das 253 demandas acumuladas, sofreu um recesso na coleta de reivindicações. Depois de conseguir esse número para 55, a atual gestão retomou as assembleias.

Coordenadoria do Orçamento Participativo e da Participação Popular

É um órgão de participação direta da população, tendo por finalidade propor, deliberar, fiscalizar a receita e despesa do Orçamento do Município de Campinas. Está estruturado da seguinte maneira:

  1. Coordenação;
  2. Coordenação de comunicação;
  3. Grupos de Trabalho (GTs);
  4. Comissões;
  5. Fóruns de Representantes.

Os conselheiros são eleitos pela população em assembleias envolvendo a população dos bairros da cidade, subprefeituras e segmentos socioeconômicos da cidade. Os conselheiros têm por missão acompanhar e fiscalizar o andamento das demandas que foram deliberadas pela população nos encontros do orçamento participativo. Para ajudar nessa tarefa, eles participam de cursos de formação e capacitação sobre assuntos referentes à administração pública como licitação, funcionamento e rotinas da máquina administrativa e, posteriormente, difundem essas informações para a sua comunidade.

Nesse ano os trabalhos tiveram início em maio, a partir de quando foram realizadas 24 assembleias (representativas das 14 Administrações Regionais, quatro subprefeituras e seis setores temáticos), que totalizam 1.920 participantes. Essas assembleias elegeram representantes no Conselho do Orçamento Participativo e elencaram os temas gerais para orientar as reivindicações. Essas foram definidas em fóruns de discussão, um para cada região e segmento socioeconômico. Depois, os conselheiros, integrados em grupos de trabalho, apresentaram e debateram a viabilidade dos pedidos junto a representantes das secretarias municipais.

O Orçamento Participativo de Campinas conseguiu emplacar 108 demandas no Orçamento Municipal do ano que vem (2013), que deverão ser contempladas com um total de verbas na ordem de R$ 130 milhões. O pacote representa 46% das reivindicações de obras e programas apresentadas pelos segmentos que participam do OP.

Segundo o secretário-chefe de Gabinete, Alcides Mamizuka, o Executivo está preparando um projeto de lei, instituindo o OP como instrumento oficial de decisão da cidade. Com isso, a iniciativa não poderá ser abandonada, “independentemente da vontade ou interesses políticos de quem estiver no poder”. 


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